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Luta pela Celg nacionaliza defesa do setor elétrico

Na segunda-feira (1º), ministros Berzoini e Jaques Wagner voltam a debater as privatizações com os movimentos sindical e social.

A luta começou em agosto, com a decisão dos trabalhadores e trabalhadoras da Celg - Centrais Elétricas de Goiás - apoiada por centrais sindicais como a  CUT e movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) -, de não permitir a privatização desta que é a maior empresa dos goianos, cuja atuação é fundamental para o desenvolvimento do Estado.

Agora, após demonstrações de força que resultaram nas ocupações dos Ministérios das Minas e Energia e da Fazenda, em Brasília (DF), da Celg e da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), em Goiânia, e na paralisação do tráfego em rodovias importantes como as BRs 060 e 153, os ministros da Casa Civil e da Secretaria-Geral da Presidência da República, respectivamente Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, decidiram debater as privatizações - até então tidas como favas contadas - com uma comissão formada por esses atores sociais.

Após audiências concedidas nos dias 12 e 19 de janeiro, o governo federal chama para uma nova conversa, na segunda-feira, 1º de fevereiro, às 15 horas. "A comissão formada pelos sindicalistas e movimentos sociais vai pra essa reunião fortalecida pela convicção de que a luta em defesa do setor elétrico agora é nacional. Basta ver os protestos e manifestações que aconteceram simultaneamente em várias cidades do País nesta quarta-feira (veja quadro ao final da matéria)", analisa o presidente da CUT-GO, Mauro Rubem.

 

Sistema Eletrobrás

O objetivo é impedir a privatização da Celg e também de outras seis distribuidoras de energia do sistema Eletrobrás. "O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, conversou com seus pares da Casa Civil e da Secretaria-Geral da Presidência para estudar alternativas que evitem a privatização das distribuidoras de energia elétrica. Isso, por si só, já é uma vitória dos movimentos sociais e sindicais", assinala Mauro Rubem.

O presidente da CUT-GO sustenta ainda que a defesa do setor elétrico nacional dialoga com as posições históricas da CUT e com a última resolução da Executiva do PT, que é contrária à privatização das empresas públicas. "Esse nunca foi o rumo adotado por um governo petista. Sempre defendemos o patrimônio público. Esperamos que no dia 1º o governo retome o seu programa. Para tanto esperamos contar com a presença, em Brasília, do maior número possível de representantes da classe trabalhadora, do campo e da cidade", diz Mauro.

Manifestações

Veja como foram os atos de protesto nos demais Estados: 

Rondônia: manifestação no Centro de Porto Velho, em frente às Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e fechamento da BR-364;

Roraima: manifestação em frente à Boa Vista Energia S.A;

Amazonas: manifestação no Centro de Manaus;

Rio de Janeiro: manifestação em frente à Eletrobrás; 

Acre: manifestação no Centro de Rio Branco, seguindo em passeata até a casa do governador Tião Vianna;

Alagoas: manifestação no Centro de Maceió e fechamento da BR-101;

Piauí: manifestação na sede da Companhia Energética do Piauí (Cepisa).

 

 

 

 

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